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sábado, 18 de julho de 2015

Punk Nacional

O punk rock brasileiro nasceu como uma crítica ao regime militar brasileiro, implantado pelo golpe de 64, devido, principalmente à censura e à violenta repressão aplicadas pelo governo. Muitas canções da primeira geração do punk rock brasileiro são considerados, até atualmente, hinos de crítica ao governo.
As origens do punk no Brasil surgiram das idéias de muitos jovens que viviam no final da década de 1970, o precursor foi o guitarrista Douglas Viscaino que teve as idéias pioneiras e junto com Clemente Tadeu construíram uma banda inspirada em bandas como Mc5, The Stooges e Sex Pistols: A Restos de Nada.
Assim, a banda surgida em meados de 1978 foi adquirindo sua forma punk. A partir daí, muitos outros grupos foram se formando, criando bandas no mesmo modelo e então formaram o movimento punk. As bandas faziam músicas em formato de discurso, que faziam críticas ao governo e a sociedade. Apesar da Restos de Nada ter sido a precursora do punk brasileiro, só foi gravar seu primeiro álbum em 1987.
Foto: Capa disco Grito Suburbano
O primeiro álbum de punk rock brasileiro foi o Grito Suburbano, compilação DIY com Inocentes, Olho Seco e Cólera. Em 1982 o primeiro grande evento, O Começo do fim do Mundo, surgiu como o marco inicial do punk rock brasileiro, com 20 bandas da cidade de São Paulo e do ABC paulista. A apresentação terminou em um confronto com a polícia.
Houve também o surgimento de importantes bandas de punk rock em Brasilia, como Detrito Dederal e Aborto Eletrico, em São Paulo, com o Ultrage a Rigor e Excomungados e no Rio Grande do Sul com Os Replicantes.
No final da decada de 80 e início de 90, o punk rock brasileiro teve algumas baixas com bandas se separando, mudando de estilo, casas de shows sendo fechadas e estagnação criativa.
Nos anos 90 o punk rock voltou com tudo a cena no Brasil, muito graças à divulgação do estilo pela internet e pelo então interesse de algumas gravadoras e da mídia por novas bandas de rock.
Começaria então a era do hardcore melódico no Brasil, com nomes como Dead Fish e garage Fuzz encabeçando a lista das dezenas de bandas que apareceram deste estilo que sugiram nos anos 90. Vendo a chance de voltar à ativa, muitas bandas da primeira geração voltaram com tudo à cena. Não que essas bandas tenham parado, mas estavam meio que "de férias forçadas", afundadas no ostracismo. Foram os casos de nomes importantes como Inocentes, Cólera, Excomungados e Garotos Podrers, que a partir do final dos anos 90 retomaram de vez suas atividades e tiveram um novo recomeço.
Foto: Capa do disco Pela primeira vez no paraíso da banda Excomungados
A partir da segunda metade da década de 90, novas bandas de punk rock surgiram, resgatando o estilo original dos anos 70, e com uma cara nova para o punk brasileiro. Dentre essas bandas destacam-se nomes como Colisão Social, Autogestão, Herdeiros da Revolta, Fobia, Flicts, Menstruação Anarquica, todas formadas de 95 para frente e juntamente com estas bandas outras bandas também se mantém firmes vindo dos anos 80 tais como DZK, Subviventes, Disritmia e SubExistencia.
A partir do ano 2000, com novas casas de shows "underground" abrindo em todas as cidades brasileiras e com a firmação da Internet como veículo principal de divulgação das bandas, ocorreu uma verdadeira explosão na cena e os nomes de bandas se multiplicaram às centenas.
E também começa a partir de 2000 a era dos shows internacionais de bandas punks no Brasil, com destaque para o selo e produtora independente Ataque Frontal, que foi a grande responsável pela inserção da cena punk no Brasil no mapa do punk rock mundial, trazendo bandas consagradas para os palcos brasileiros.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Expulsos do Purgatório - Curiosidades sobre esse disco da lendária banda Excomungados

 
Video: Capa do disco / Musica: Fodam-se e Morram

O disco " Expulsos do Purgatório " foi lançado em 2013 e já nasceu como um clássico do punk nacional. O disco não para de tocar em nossa redação desde que chegou em nossas mãos, então resolvemos pesquisar um pouco mais e descobrimos algumas curiosidades, que gerou essa resenha. Boa Leitura!

Encarte frontal: A bela capa é baseada na polêmica xilogravura  Inferno e Purgatório de José Lourenço Gonzaga e retrata o mundo real.
A ilustração mostra a banda sendo exorcizada pelo Josefel Zanatas o popular  Zé do caixão que, curiosamente aparece na capa, e, posteriormente convidou a banda para participar do evento de homenagem de 50 anos de seu personagem Zé do Caixão , onde comemoraram também os 30 anos da banda.

Acima o encarte cd-box: No encarte onde encaixa o cd, o box é transparente para possibilitar a visualização de foto interna,e podemos observar nessa arte, no encontro das palavras Excomungados a mensagem subliminar sex.  

Encarte interno: José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão participa das fotos com a banda, e essas fotos foram tiradas na frente de sua residencia. Na mesma data Pekinez Garcia entrou no palco junto com Zé do Caixão, mas, curiosamente vestido com sobretudo, e cobrindo o corpo, substituindo uma guardiã que faltou ao evento.

Encarte traseiro: No encarte traseiro o baterista Henrique Morgan, ainda não era membro da banda, porém  participou das fotos para o disco, e um detalhe é que, ele segura a baqueta em forma de cruz. Henrique Morgan era ateu e se tornou ocultista na mesma época em que entrou para a banda, o que gerou polêmica em cima do baterista. José Mojica Marins participa dessa foto.

Lendas urbanas: Não basta a banda ser punk e ter o nome de Excomungados, não basta lançar o disco com o nome Expulsos do Purgatório, muito menos ter o inferno na capa, as polêmicas em torno do disco foram além, pois, nas redes socias circulou uma lenda onde, se voce tocar a musica  Fodam-se e Morram  com as luzes apagadas e segurar uma vela acesa olhando para afoto atrás do disco, voce consegue ver o Pekinez Garcia morto e o cineasta Jose Mojica Marins rindo.

Mensagem subliminar: Na faixa Mc Mendigos, ao tocar a introdução da música no sentido contrário, precebe-se nítidamente a seguinte frase: " juntem se a rebelião, queimem as igrejas ", que , inclusive deu origem a um desenho feito pelo artista Hiro Tsuki, onde Pekinez Garcia virou personagem animado, e aparece junto com o seu personagem principal fictício Chrono. O fato virou creepypasta nas redes sociais.


Sobre as Faixas

A primeira faixa " Johni a rota täê" já é um clássico da banda. A letra é uma homenagem a Johni Raoni Falcão Galanciak ( R.I.P.) filho do vocalista da formação original da banda, Falcão, escrita por Pekinez Garcia.
A "Mcmendigos"é uma mistura de grindcore com ska com letra escrita por Bispo Xinês.
A letra de " Planeta dos insetos", também de Bispo Xinês deixa bem claro a mensagem da FxLxIxT ( Frente de Libertação dos Insetos da Terra ): Planeta dos insetos! Pode ser entendida como uma continuação da música " baratas" do disco " pela última vez no inferno".
Rock Babies, é um rock n roll escrito por Bispo Xinês, uma homenagem para a mãe de sua filha ( curiosamente foi tocada pela banda no programa Casos de Familia, do qual a banda foi banida devido ao Pekinez Garcia ficar pelado, dizer que é adepto do amor livre, e dizer que a família é uma institução falida, esse caso foi contado na revista Comando Rock ).
A faixa Psico$$ocial foi escrita por Bispo Xinês inspirado nas confusões de Pekinez Garcia. 
A musica Fodam-se e Morram nasceu como um clássico do punk nacional, afinal, um clássico já nasce clássico. A musica, rotulada como subversiva, foi apreendida nas manifestações de 2013 junto com vinagre e outros pertences do criador da canção, Pekinez Garcia.
Há também a regravação das antológicas músicas chocolate ( com Ariel ) e Hospícios . A primeira ficou com uma pegada blues bem suja e tem a participação de Ariel ( Restos de Nada /  Invasores de Cérebros ) nos vocais. Já a segunda ficou mais rápida e curta e tem a participação de Gildo Constantino ( Atual Garotos Podres /  ex Pátria armada ) nos vocais junto com Pekinez Garcia. Aliás, o disco tem várias participações como por exemplo Fernanda Terra ( Nervosa ), Vela ( Colisão Social), Celo rocker ( Deserdados ) e mais um monte de gente.
Esse disco, que gerou polêmica junto a comunidade cristã, conta com as faixas na seguinte sequencia:

1. Johni a rota täê
2. Mcmendigos
3. Chocolate
4. Rock babies
5. Planeta dos insetos
6. Jogo do diabo
7. I love you punx
8. Trem da morte
9. Psico$$ocial
10. Augustiit
11. Superman do minhocão
12. Exilados da cracolândia
13. Fodam- se e morram
14. Hospícios
 
Por: Produtora Zé do Caixão

quinta-feira, 25 de junho de 2015

O que é Survivor horror?


Survivor horror é um sub-gênero de jogos de videogame do genero ação/aventura, no qual o tema é terror e sobrevivência. O principal objetivo do jogo é sobreviver a fatos inicialmente incompreendidos e misteriosos e, ao longo do jogo, descobrir os detalhes, desvendar os mistérios da história que muitas vezes é totalmente desconhecida e achar soluções para os diversos quebra-cabeças apresentados.
Gênero iniciado nos primeiros anos da decada de 1990 pela bem sucedida trilogia Alone in the Dark, da Infogrames, mas que só se popularizou com o sucesso de Residente Evil, produzido pela Capcom. Geralmente os jogos usam aspectos sobrenaturais, ou biológicos, como o próprio Resident Evil.
O gênero expandiu-se bastante no mundo dos jogos, explorando, a cada game, um novo tipo de terror a ser analisado. Enquanto todos eles se baseiam na tentativa de sobrevivência de uma, ou bem poucas pessoas, de um local completamente obscuro, cada um analisa um ponto de vista diferente, como seres sobrenaturais, pesquisas biológicas, sentimento de culpa, lendas regionais, e no geral, ficam martelando sobre estes vários assuntos no inconsciente do jogador, testando não apenas sua sobrevivência no jogo, mas seus valores e forma de pensar, fora do mundo dos jogos.
Além de ter que abrir caminho para fora do problema, o jogador costuma se deparar, em grande parte dos jogos deste gênero, com anotações, listas, diários, matérias de jornais e cartas, que o vão guiando e ajudam o personagem ( e o jogador ) a entender a dimensão do perigo que ele está enfrentando. Alguns jogos se basearam na idéia dos pensamentos, criando o gênero " terror psicológico ", como Silent Hill, outros em puro sangue, "horror escrachado", como Left 4 Dead e alguns que misturam os 2, como os primeiros jogos da série Resident Evil.
Hoje em dia temos uma grande variedade de jogos nesse estilo, mas o que mais se destaca é o grandemente aclamado e premiado The Last of US, jogo considerado por muitos o melhor jogo de todos os tempos sendo o mais premiado da história, até o momento do fechamento dessa matéria.

 Por: Produtora Zé do Caixão

Horror Punk

Horror punk ou horror rock é um estilo musical que mistura a essência sonora do punk rock, livros e contos de terror e ficção científica. Existem variações de muitos tipos dentro do estilo musical, com várias vertentes e diferentes bandas voltadas ao tema horror.

Origem

Tudo começou com uma banda de New Jersey chamada Misfits, em 1977, logo no início da era do punk-rock. A banda tinha um som agressivo e suas letras eram voltadas para o horror, violência, zumbis, alienígenas, monstros e criaturas malditas. No começo a formação da banda era Glenn Danzing como vocalista e tecladista, Jerry Caiafa no baixo e Manny na bateria (não havia guitarrista nesta fase).
A fórmula essencial do horror punk é um som punk cru, com letras sobre horror (muitas vezes caricátas) e de melodias marcantes.

Algumas bandas do estilo

Misfits (EUA)

The Other (Alemanha)

Balzac (Japão)

DieMonsterDie (Eua)

Murderdolls (EUA)

Zumbis do Espaço (Brasil) 

Por: Produtora Zé do Caixão 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Zé do Caixão - Origem do personagem nos anos 60

Anos 60

O Personagem: Zé do Caixão

Foto: Zé do Caixão
Mojica Marins criou um personagem popular sem basear-se em nenhum mito do horror conhecido mundialmente. "Zé do Caixão", seu personagem mais conhecido, foi criado por ele em 11 de outubro de 1963, após ser atormentado por um pesadelo no qual um vulto o arrastava até seu proprio tumulo. Segundo o próprio José Mojica Marins, o nome Zé do Caixão veio de uma lenda de um ser que viveu há milhões de anos no planeta terra que se transformou em luz e depois de anos esta luz voltou a terra. A primeira aparição do personagem foi no filme Á Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963). Desde então, ele apareceu em diversos filme, ganhou popularidade e tem sido retratado em diversas outras mídias.
Embora raramente mencionada nos filmes, o nome verdadeiro Zé do Caixão é Josefel Zanatas. Marins dá uma explicação para o nome em uma entrevista para o Portal Brasileiro de Cinema:
" Eu fui achando um nome: Josefel – “fel” por ser amargo – e achei também o Zanatas legal, porque de trás para frente dava Satanás".
José Mojica Marins
Portal Brasileiro de Cinema
Zé do Caixão é um personagem amoral e niilista que se considera superior aos outros e os exploras para atender seus objetivos. Zé do Caixão é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não crê em Deus ou no diabo. O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: ele quer o pai da criança superior a partir da "mulher perfeita". Sua ideia de uma mulher "perfeita" não é exatamente físico, mas alguém que ele considera intelectualmente superior à média, e nessa busca ele está disposto a matar quem cruza seu caminho.
Quanto à concepção visual do Zé do Caixão, fica evidente a inspiração do personagem clássico Drácula (interpretado por Bela Lugosi na versão da década de 30, dos estúdios Universal). Entretanto, Mojica acrescentou aos trajes negros e elegantes do personagem características psicológicas profundas e enraizadas nas tradições brasileiras. Além disso, as unhas grandes foram claramente inspiradas no personagem-título de Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens.
Mojica Marins afirma que a idéia do personagem surgiu em um sonho:

"Certa noite, ao chegar em casa bem cansado, fui jantar. Em seguida, estava meio sonolento, entre dormindo e acordado, e foi aí que tudo aconteceu: vi num sonho um vulto me arrastando para um cemitério. Logo ele me deixou em frente a uma lápide, lá havia duas datas, a do meu nascimento e a da minha morte. As pessoas em casa ficaram bastante assustadas, chamaram até um pai-de-santo por achar que eu estava com o diabo no corpo. Acordei aos berros, e naquele momento decidi que faria um filme diferente de tudo que já havia realizado. Estava nascendo naquele momento o personagem que se tornaria uma lenda: Zé do Caixão. O personagem começava a tomar forma na minha mente e na minha vida. O cemitério me deu o nome; completavam a indumentária do Zé a capa preta da macumba e a cartola, que era o símbolo de uma marca de cigarros clássicos. Ele seria um agente funerário."
José Mojica Marins
Portal Brasileiro de Cinema
Futuramente, José Mojica Marins definiria melhor a origem de seu personagem:

"Josefel Zanatas nasceu em berço de ouro, seus pais tinham uma rede de agências funerárias, fato que fez com que Josefel fosse uma criança muito sozinha, pois seus colegas os discriminaram por causa da profissão de seus pais.
Na escola era um ótimo aluno e, como não tinha amigos, fez dos livros seus grandes companheiros. Foi na escola que conheceu Sara, uma menina muito bonita e de boa família. Logo se tornaram grandes amigos, não se separavam por nada. Cresceram juntos e com o passar do tempo a amizade se transformou em amor. Decidiram que iriam se casar e mudar para uma cidade maior onde teriam mais chances de crescer na vida. Sara queria se casar fora do país, então tanto os pais de Sara quanto de Josefel resolveram viajar antes para começarem os preparativos para cerimônia.
Durante o voo, uma tragédia acontece: o avião com os pais de Sara e Josefel sofre um acidente e não há sobreviventes. Por causa do luto eles decidem adiar o casamento. Em decorrência da II Guerra Mundial, em agosto de 1943, cria-se a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Somente vinte e oito mil pessoas se alistaram, Josefel era um deles e em conversa com Sara decidem juntos que só casariam quando ele voltasse da guerra.
E assim, na noite de 30 de junho, Josefel parte para a Itália. Durante o tempo que ficou lá, Josefel sofreu muito, e as saudades de Sara foram aumentando depois que ele parou de receber cartas dela. Depois que Josefel partiu para a Guerra, Sara continuou cuidando da funerária. Sempre escrevia para ele, mas depois de muitas cartas sem resposta, acabou concluindo que ele deveria estar morto. Como a vida não estava fácil, Sara aceitou o convite que havia recebido do prefeito e se casou com ele.
No dia 18 de julho de 1945, Josefel desembarca na estação de sua cidade e percebe que a cidade está vazia e sua casa fechada. Desesperado para encontrar Sara, decide perguntar a um bêbado onde estavam todos. O bêbado informa que a cidade inteira estava na casa do prefeito, pois havia uma festa para comemorar a volta dos "Pracinhas". Chegando na festa ele encontra Sara sentada no colo do prefeito e, antes que ela pudesse se explicar, ele saca o revólver e mata os dois. Josefel não é condenado pelo crime pois foi alegado que ele estava traumatizado pela guerra. Para ele não importava ser preso ou não, ele havia perdido Sara e com ela perderia também o sentimento chamado amor.
Josefel, que até então era um homem doce e bondoso, se torna uma pessoa amarga e sem sentimentos. Passa então a aterrorizar os moradores da cidade e logo recebe o apelido de Zé do Caixão. Zé do Caixão é um homem sem crenças, não acredita em Deus nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer justiça. Seu objetivo é encontrar uma mulher que compartilhe seus pensamentos e juntos tenham um filho, que possa dar continuidade à sua espécie, que ele acredita ser superior. Para Zé do Caixão, as crianças são os únicos seres puros, sem maldade no coração. Em busca pela mulher superior, ele passa por cima de todos aqueles que atrapalharem seus planos, não tem dó nem piedade e mata se for preciso. "

Por: Produtora Zé do Caixão

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Em busca da batida perfeita

Facebook
Foto: Mauricio Rodrigues
Em busca da batida perfeita é um blog voltado para a cultura pop, cinema e também para o que está acontecendo de novo. Encontramos esse blog quando estavamos procurando por algo novo referente ao mestre Mojica, quando nos deparamos com esse interessantíssimo blog escrito por Mauricio Rodrigues e sua matéria " Zé do caixão em cena " ( clique aqui para ver a matéria Zé do caixão em cena ). Curiosamente encontramos também uma matéria com as polêmicas bandas Excomungados e O Satanico Dr Mao e os Espiões Secretos sobre o cd Frequencia Alternativa  (clique aqui para ver a matéria sobre o cd Frequencia Alternativa ), e uma matéria referente ao cd novo de O Satanico Dr Mao e os Espiões Secretos ( clique aqui para ver a matéria referente o disco novo de O Satanico Dr Mao e os Espiões Secretos ). Descobrimos através desse blog algumas curiosidades sobre a lendária e polêmica banda punk Excomungados ( clique aqui para ver a matéria sobre a banda Excomungados ), e muita coisa sobre cinema, musica, arte, comportamento...enfim, é melhor voce conferir. O endereço desse blog que indicamos sem medo é http://mauriciorodrigues1984.blogspot.com.br/.

Por: Produtora Zé do Caixão

The Toxic Avenger

The Toxic Avenger ( O Vingador Tóxico no Brasil ) é um filme estado-unidense trash de comédia de terror, produzido pela Troma Entertainment em 1984, co-escrito por Lloyd Kaufman e Joe Ritter e co-dirigido por Lloyd Kaufman e Michael Herz. Tornou-se o mais famoso filme da produtora Troma Entertainment, conhecida pelas produções de baixo orçamento, conceituados por filmes B.
No enredo, um jovem faxineiro do clube de saúde de Tromaville é submetido a toda sorte de humilhações cotidianas por um grupo de brutamontes de sua escola. Certo dia, após ser atirado dentro de toneis de lixo tóxico, ele retorna, sob a alcunha de Vingador Tóxico.
O filme explora toda a estética da cultura do estilo de filme trash, abusando de clichês e criando situações hilariantes, sempre no limiar entre a pretensão de seriedade e o escracho total. Ainda vale o interesse pela exploração do bullying, termo que designa a humilhação e a agressividade direcionadas a um indivíduo, propriamente no ambiente escolar.
 
Sinopse

O jovem Melvin, um faxineiro paspalhão, é constantemente desprezado e humilhado pelos freqüentadores de uma academia de ginástica até o dia em que cai num tanque de lixo químico e torna-se o Vingador Tóxico, passando a perseguir gangues e corruptos da cidade.

Elenco

 

  • Mitch Cohen - The Toxic Avenger
  • Mark Torgl - Melvin Ferd
  • Kenneth Kessler - The Toxic Avenger ( voz )
  • Andree Maranda - Sarah
  • Pat Ryan Jr. - Prefeito Pedro Belgoody
  • Sarabel Levinson - Ma Ferd
  • Dan Neve - Face Cigar
  • Dick Martinsen - O'Clancy Diretor
  • Gary Schneider - Bozo
  • Robert Prichard - Slug
  • Jennifer Babtist - Wanda
  • Cindy Manion - Julie
  • Chris Liano - Walter Harris
  • David N. Weiss - Chefe de Polícia
  • Doug Isbecque - Knuckles
  • Charles Lee, Jr. - Mamilos
  • Patrick Kilpatrick - Leroy
  • Larry Sulton - Frank
  • Michael Russo - Rico
  • Al Pia - Tom Wrightson
  • Dennis Souder - Traficante de Drogas
  • Xavier Barquet - Homem Morto em restaurante
  • Rúben Guss - Dr. Snodburger
  • Matt Klan - Hero Boy
  • Dominick J. Calvitto - Skippy
  • Marisa Tomei - Locker Room Girl ( Montagem do Diretor )

Por: Produtora Zé do Caixão

Fome Animal

Braindead ou Dead Alive ( Fome Animal no Brasil )  ou Morte Cerebral ( em portugal )  é um filme da Nova Zelandia de 1992, considerado um dos mais marcantes do estilo trash, ao lado The Toxic Avenger. Dirigido por Peter Jackson e escrito por Stephen Sinclair, é considerado uns dos filmes mais sangrentos e grotescos ( gore ) da história.

Sinopse

Lionel é um moço que vive com sua mãe controladora. Um dia ele marca um encontro com uma moça em um zoológico, e a mãe, que não aceita o fato, decide seguí-lo. Mas, quando chega ao zoológico, ela é mordida pelo Macaco Rato da Sumatra, o qual tem uma mordida fatal chamada de "Sengaya".
Depois disso, a mãe de Lionel fica doente e morre. Mas ela acaba voltando como um zumbi faminto por seres humanos. Lionel tenta esconder sua mãe-zumbi da garota, e acaba passando por situações nada agradáveis.

Elenco

  •  Timotht Balme - Lionel Cosgrove
  • Diana Peñalver - Paquita Sanchez
  • Elizabeth Moody - Vera Cosgrove (mãe)
  • Ian Watkin - Tio Les
  • Curiosidades
  • O filme também é chamado de Dead Alive.
  • No total, foram usados mil litros de sangue de porco para fazer o filme; metade disso foi usado somente para a cena do cortador de relva.
  • Foram investidos três milhões de dólares para a realização do filme
A filmagem não teve um corte sequer. Em alguns países como Alemanha e Inglaterra, 18 minutos do filme foram censurados. Na Suécia foram distribuídos sacos de vómito para quem alugasse o filme. Também foram distribuídos sacos de vómito em alguns cinemas onde passava o filme. Os nativos da Ilha da Caveira são interpretados pelos jogadores da seleção nacional de rugby das ilhas Fiji.
Por: Produtora Zé do Caixão

Jose Mojica Marins - O COMEÇO DA CARREIRA PROFISSIONAL - ANOS 50

Anos 50

Começo da carreira profissional

Foto: Personagem Zé do Caixão
Depois da fundação de sua escola, a carreira profissional de Mojica Marins passou a ficar cada mais mais próxima. Mojica Marins tentou realizar o filme Sentença de Deus por três vezes e o filme acabou como inacabado. Semiprofissional, o filme Sentença de Deus é experimental no sentido mais genuíno e revela os primeiros passos de José Mojica Marins na arte do cinema.
Em 1958, veio a ser concluído A Sina do Aventureiro, em lente 75 mm, com apenas duas pessoas que não eram da escola de atores de Mojica Marins, mas que depois vieram a ter aulas, Ruth Ferreira e a Shirley Alvez. A Sina do Aventureiro é um faroeste caboclo (ou “western feijoada”, na definição do pesquisador Rodrigo Pereira), vertente prolífica, mas desprezada pela historiografia clássica do cinema brasileiro. Insere-se, portanto, na tradição mais ampla dos filmes rurais de aventura, território que compreende nomes tão heterogêneos quanto significativos como E. C. Kerrigan, Amilar Alves, Luiz de Barros, Humberto Mauro, Eurides Ramos, Antoninho Hossri, Victor Lima Barreto, Carlos Coimbra, Wilson Silva, Osvaldo de Oliveira, Reynaldo Paes de Barros, Edward Freund, Ozualdo Candeias, Tony Vieira e Rubens Prado.
Para lançar o filme A sina do aventureiro, Mojica Marins contou com a ajuda dos irmãos Valancy, que eram proprietários do Cine Coral, em São Paulo, aonde o filme permaneceu em cartaz por muito tempo. O realizador do filme, Mojica Marins explicou, posteriormente, como foi o sucesso do filme.
"Para fazer sucesso, eu usei um estratagema, porque já era difícil você entrar uma semana, e ficar três semanas em cartaz num cinema era mais difícil ainda. O que eu fiz? Eu pegava os meus alunos, numa época em que os cinemas tinham fila, e dividia um grupo de alunos numa fila, outro grupo em outra e mais outra. Todos eram atores, né? Então ficavam todos no meio da fila e diziam: “Pô, a gente perdendo tempo nessa fila, passando uma fita tão boa no Cine Coral!”. Com isso, eles saíam de lá e levavam o pessoal da fila. E ia todo mundo para o Cine Coral. A fita foi muito bem nas capitais. Estourou em Salvador, em Porto Alegre. Porque ela tem uma miscelânea de Nordeste, de roupa nordestina com roupa gaúcha, com roupa americana. Eu misturo tudo, tem uma miscelânea. No final, tem uma curiosidade: a fita realmente agradou, só não agradou aos padres. Aí eu tive uma desavença com os padres que me acompanharia a vida toda".
José Mojica Marins
Portal Brasileiro de Cinema
Depois de aceitar a proposta de Augusto de Cervantes, de fazer um filme que agradasse aos padres, Mojica Marins criou a história de Meu Destino em Tuas Mãos e procurou Ozualdo Candeias para fazer o roteiro - que não foi creditado. As tragédias familiares são apresentadas pelo cineasta com requintes de maldade, temperados por aquele neo-realismo involuntário das produções sem dinheiro. A direção de Mojica deixou o filme ainda mais cru e violento.
O filme conta o drama de cinco crianças pobres que vivem infelizes com suas respectivas famílias. Cansados de abuso e desprezo, os amigos fogem de casa e saem pelas estradas, acompanhados do violão e da cantoria de Carlito (vivido por Franquito), o mais velho deles. O jovem Franquito, o “garoto da voz de ouro”, foi uma aposta para embarcar no estrondoso sucesso de Pablito Calvo, astro-mirim de Marcelino, pão e vinho (1955). Mojica compôs três das dez canções interpretadas por Franquito. Meu destino em tuas mãos foi realizado com o dinheiro da venda dos long plays de Franquito, hoje uma raridade por ser um dos primeiros filmes a ter disco com todas as músicas lançado pela gravadora opacabana. O filme, apesar de ter agradado os padres, não teve repercussão nenhum e acabou esquecido.
Algum tempo depois, o produtor Nelson Teixeira Mendes contratou Mojica para ser ator no O diabo de Vila Velha, um bang-bang. Como condição, o Mojica pediu para poder levar o pai, que estava muito doente, para o Paraná, onde o filme ia ser feito. Após muitas discussões com o diretor Ody Fraga, este veio a se afastar e Mojica assumiu a direção filme, aonde demonstrou afinidade com o gênero faroeste, que já havia exercitado em A sina do aventureiro e ao qual voltaria em D’Gajão mata para vingar. Assim foi o começo da carreira profissional de Jose Mojica Marins.

Por: Produtora Zé do Caixão

sábado, 20 de junho de 2015

Procura-se



A agência Assombração, especializada em talentos esquisitos, está buscando gente para fazer parte do elenco de um novo filme de Toninho do Diabo. "Quero gente que seja mistura de trombada de caminhão com maria fumaça, gente que seja tão feia que a forma tenha acabado, que não tenha conserto. Mas não adianta vir com maquiagem, tem que ser diferente" diz Toninho. O cineasta, que segue os mesmos passos de Zé do Caixão, quer pessoas muito feias ou que saibam fazer algo bizarro, para começar a filmar o novo filme.
Apesar de não pagar cachê, promete ajudar os artistas. " A gente prepara atores. Não plantamos em um filme só e chega. Damos cursos. Não quero que só eu apareça, quero dar oportunidade para todo mundo" diz Toninho.


 

Em 2014 o ator vocalista punk Pekinez Garcia participou de uma matéria polêmica com Toninho do Diabo, pela revista VIP ( veja a matéria na íntegra clicando aqui ). A matéria era sobre uma seleção de atores que ocorreu para o filme " Hospital Amaldiçoado ", e, Pekinez Garcia compareceu nú, usando coturnos nos pés, com cinto de couro com rebites, que são espetos metálicos, e alfinetes na boca. Isso lhe rendeu uma entrevista para a Publigibi, e também uma chamada para a Contos do Absurdo. Também participaram nesse dia Masuque de Oliveira, ator, Scarllet Sokolova, dominatrix, dançarina de pole-dance, performer e modelo gótica; e Alexandre Winck, roteirista e jornalista. 
Antônio Aparecido Firmino, nome verdadeiro de Toninho do Diabo, nasceu em Jundiaí, no dia 20 de setembro de 1971, é um alegado religioso brasileiro, que se identifica como discípulo do diabo, e autodenomina-se o "Embaixador de Lúcifer na Terra", sendo portanto considerado por parte da mídia como um dos maiores líderes satanistas do Brasil.

Outros porém, consideram que Antônio Aparecido seria na realidade um artista trash, e Toninho do Diabo, é seu personagem, a exemplo do Zé do Caixão, interpretado por José Mojica Marins.

 

Toninho acumula filmes de sucesso no curriculo como ‘O Caçador de Almas’, ‘O Ataque dos Pneus Assassinos’ e ‘A Fazenda do Diabo’que foram rapidamente elevados à categoria de clássicos na cena trash.
CAPA Edição 354
CLIQUE AQUI PARA ACESSAR MATERIA
Todos feitos, segundo ele, na base do suor e da ajuda de amigos. “Não tenho orçamento nenhum para os filmes”, afirma. Seu maior hit, ironicamente, não é com a sétima arte. Toninho do Diabo ficou conhecido no Brasil depois que Marcos Mion ridicularizou um videoclipe seu no ‘Piores Clipes do Mundo’, da MTV.
Toninho diz que sua missão é alegrar o povo, é fazer filmes e salvar essa classe tão desprezada de artistas de rua. Antônio Aparecido Firmino é Toninho do Diabo desde os anos 80, sendo artista underground, que, nesse momento está a procura de novos talentos. Uma das pupilas de Toninho do Diabo é a paulista Bianca Cristina, ou melhor, a Mulher Bambu. A loura, que ficou famosa na internet em 2011, estrelou o último filme da agência e agora segue vida artística. 

E aí? Vai encarar?





Por: Produtora Zé do Caixão 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O começo de José Mojica Marins

José Mojica Marins , nascido em São Paulo, no dia 13 de março de 1936) é um cineasta, ator, roteirista de cinema e televisão brasileiro. Mojica também é conhecido como Zé do Caixão ( Coffin Joe nos EUA) , seu personagem mais famoso.
Embora Mojica seja conhecido principalmente como diretor de cinema de terror, teve trabalhos anteriores cujos gêneros variavam entre faroestes, dramas, filmes de aventura , dentre outros, incluindo filmes do gênero pornochanchada no Brasil, durante aquela época. Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no circuito internacional. Mojica é considerado como um dos inspiradores do movimento marginal no Brasil.

Em todos seus filmes, com exceção de Encarnação do Demonio de, José Mojica Marins foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: nitidez de som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. Algumas vezes o próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho. Na Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um dublador. Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada para dublar o ator italiano Mario Carotenuto: a voz de Laercio Laurelli. Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em À meia noite levarei sua alma, Esta noite Encarnarei no teu Cadáver e O Estranho Mundo de Zé do Caixão; enquanto O Ritual dos Sádicos, Finis Hominis, Quando os Deuses Adormecem foram dublados por Araken Saldanha, na AIC; já Exorcismo Negro e Delírios de um Anormal tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na AIC.

Nascido em uma fazenda pertencente à fábrica de cigarros Caruso, na Vila Mariana, em São Paulo, é filho dos artistas circenses Antônio André e Carmen Marins e neto do espanhol José Marins que chegou ao Brasil em 1904. Seu tio (Miguel, também filho de José Marins) foi toureiro enquanto o avô, José Marins, fazia performance de toureiro vestido de palhaço no picadeiro.
José Mojica Marins ainda criança, passava horas lendo gibis, assistindo a filmes na sala de projeção do Cinema em que seu pai trabalhava, brincava de teatro de bonecos e montava peças com fantasias feitas de papelão e tecido. Quando tinha 3 anos, a família de Mojica veio a se mudar para os fundos de um cinema na Vila Anastácio. O pai de Mojica passou a ser gerente do cinema.
Depois que ganhou uma Câmera V-8, aos 12 anos, não mais parou de fazer cinema, essa era a sua vida. Muitos de seus filmes artesanais feitos nessa época eram exibidos em cidades pequenas, cobrindo assim os custos de produção. Autodidata, montou uma escola de interpretação para amigos e vizinhos e quando tinha 17 anos, depois de vários filmes amadores, fundou com ajuda de amigos, a Companhia Cinematográfica Atlas. Especializado em terror escatológico, criou uma escola de atores (1956), onde na década seguinte, montaria uma sinagoga (1964), no bairro do Brás, onde fazia experiências com atores amadores, usando insetos para medir sua coragem. Assim foi o começo de tudo!

 Por: Produtora Zé do Caixão

quinta-feira, 18 de junho de 2015

O Brasil inventou o Grindcore e Mick batizou

O show com as bandas TEST e D.E.R, com filmes , que está agendada para dia 25 de junho no Espaço Cultural Zapata está chegando, e, muita gente tem solicitado que se fale mais a respeito do genero. Afinal, o que tem a ver filme terror com grindcore? Por que um evento juntando as duas coisas? Vamos conferir a seguir:

Grindcore, como estilo musical, é um caldeirão de extremismos. Nele cabem hardcore, punk, metal extremo, anarco-punk, noise rock e rock industrial, porém surgiu do punk. Seus elementos mais visíveis são os vocais guturais, as músicas de duração curta e andamentos absurdamente velozes e, em especial um tipo de batida conhecida como blast beats.
O estilo começou em meados dos anos 1980 em São Paulo, com a banda Brigada do Ódio, formada no ABC, ( que gravou material ultrararo em 1983, e depois um split com o Olho Seco em 1985 ) e posteriormente em países como Inglaterra, Holanda e Estados Unidos. De início as bandas tinham uma maior influência estética e ideológica do anarco-punk, com o passar dos anos e das evoluções o estilo foi se alterando e criando várias subdivisões dentro dele.

Abro aspas "  A banda Brigada do Ódio foi uma das pioneiras no estilo, ao lado de Ulster ( que gravou material primeiro ) mas demorou para gravar,  apenas tocava ao vivo e era conhecida pelo boca-a-boca, algo normal no Brasil na época. Mick Harris, baterista do Napalm Death inventou essa definição em 1987, apesar de existir uma demo com sua banda em 1982. Ressalto que não existiu influencia de uma banda para a outra, houve  apenas uma coincidencia, talvez era inevitável que o horror musical fosse criado " fecho aspas.


Algumas bandas de hardcore punk já faziam algo próximo antes da existência do termo, como por exemplo o Siege, nos Estados Unidos,Lärm, na Holanda e o Asocial, na Suécia, cuja demo How Could Hardcore Be Any Worse, de 1982 é provavelmente o exemplo mais antigo de blast-beats que se tem notícia. No entanto, eram todas bandas de hardcore muito rápidas, sem apresentar todas as características do grindcore. O grindcore propriamente dito só surgiu quando algumas bandas passaram a misturar a velocidade do fastcore  de bandas como o Cryptic Slaughter e Anti Cimex com elementos de metal extremo e as blast-beats.

Aqui no Brasil, além da Brigada do Ódio, tinhamos algo próximo com a banda punk M-19 de 1979  ( esse nome foi usado algum tempo depois por outra banda que participou do festival O Começo do Fim do Mundo ), que mudou de nome para Ulster ( Betão na bateria, Vladi no baixo, Luís na guitarra e Mauro no vocal) e começou a tocar num estilo próximo ao que seria definido posteriormente como grindcore.. O som era rápido e barulhento, com vocal gritado, sob influência de bandas como Discharge e Disorder, porém um pouco mais rápido e agressivo. Na época o termo usado nas ruas para esse estilo ainda indefinido era " Punk Bagaceira ". O unico registro oficial do Ulster nessa época é a musica  Heresia, que ficou fora do LP " O Começo do Fim do Mundo "na época, a pedido da banda, mas, 13 anos depois entrou no material relançado em Cd ( foto acima ). Em 1983 com o fim do Ulster, Betão foi tocar no Varsóvia e Luís tocou no Brigada do Ódio e também no Olho Seco, bandas que dividiram um split ep em 1985. 



O inventor do termo grindcore foi o então baterista do Napalm Death, Mick Harris, que segundo o próprio, a palavra "grind" veio à sua cabeça como sendo a única capaz de descrever a música do primeiro LP do Swans. O Napalm Death foi o primeiro grupo a usar o termo para se auto-descrever, e isso acontecu apenas em 87, anos depois de lançar o cassete demo Punk is a rotting corpse, ( Veja a capa do cassete na foto ao lado ). Outro fato é que o grindcore também foi conhecido por pouco tempo como britcore, rótulo cunhado pela revista NWE. Outras bandas que marcaram o início do grindcore foram Unseen Terror, Electro Hippies da Inglaterra, Fear of God da Suiça e Terrorizer dos Estados Unidos.

Segundo Digby Pearson, dono da Erache Records " grindcore não era só sobre a velocidade da bateria blast beats, ele foi cunhado para descrever as guitarras, guitarras de afinação baixa que faziam riffs pesados, agressivos, tristes; guitarras " grind " ( " que móem" ). Então essa era a descrição que o gênero recebia pelos músicos que eram seus proponentes e inovadores".

O grindcore, apesar do ateísmo predominante, influenciou bandas de toda a segunda geração dos estilos death metal e black metal, que adotaram técnicas e acrescentaram características do grindcore em seu som.

No Brasil,um dos maiores representantes da vertende é a banda Stomachal Corrosion, fundada em 1991 e na ativa até o fim dessa matéria. O Brasil também foi bem representado mudialmente com a banda ROT, de São Paulo, formada em 1990. Finalizando, o Brasil deu sua contribuição ao rock com um estilo que é uma verdadeira chuva de enxofre na sociedade.
Agressão, sujeira e feiura estética, repulsa e desilusão em seus temas, radicalismos aos montes em sua ideologia, além de desenhos e fotos sempre com temática de terror politizado bem próprio, como por exemplo essa capa do disco Drowned in Restrictions da banda ROT ao lado. Espero que tenha esclarecido um pouco mais sobre o evento na Rua Riachuelo, 328! Até mais!



Por: Produtora Zé do Caixão

quarta-feira, 17 de junho de 2015

TEST e D.E.R


A banda TEST de São Paulo (Membros: João Kombi - Guitars / Vocals Barata - Drums - Gênero: Black Metal / Death Metal / Grindcore ) é formada por duas das mais impressionantes personalidades do underground nacional. João (ex-Are You God?) , engenheiro auto-didata que usa a matemática que inventou para criar riffs como se fossem equações e Barata (D.E.R.) - Ainda não descobrimos, mas este senhor parte bateria-eletrônica certamente tem um número de série como sobrenome. Curiosamente,  TEST e D.E.R (Membros: Renato - Guitar Mauricio - Bass Barata - Drums Thiago - Vox - Gênero: Grindcore/Punk/Metal) que também é de São Paulo, gravaram junto e misturado literalmente um material inusitado, ambas compartilham, em cada faixa, uma mesma linha de bateria em composições diferentes. As bandas estão divididas em L e R, e em cada lado das caixas do fone de ouvido, ou das caixas de som, voce escuta uma musica diferente, com a mesma bateria. Escute mais de uma vez para entender. Confira ao lado o primeiro clipe " Eu Ahab / Rivals" .

As duas bandas de apresentam no dia 08 de agosto deste mês no Centro Cultural Zapata, localizado no vale do anhangabaú, na Rua Riachuelo, 328 no centro velho da cidade.

                                                                                                                     Por: Produtora Zé do Caixão

terça-feira, 16 de junho de 2015

O ESTRANHO RETORNO DE ZÉ DO CAIXÃO


E a noite estava assim, nem fria, nem quente... Dia 3/6 prometia muito... A surpresa não estava no bate papo ou algo assim... era mais do que isso... era trazer o mestre de volta, sua criação encarnada no corpo da filha, a Produtora Nilcemar Marins, filha do seu relacionamento com a montadora e professora de Artes cenicas, Nilcemar Leyart.
E assim se fez.
Ansiedade grande... Carregava no peito a responsabilidade de em 15 minutos trazer de volta, ou provar que se encontra viva a criatura e o criador.
Fez, por um momento, seu pai, o cineasta Jose Mojica Marins sentir o gostinho de dirigir... "Associado a sua mãe... sob as imagens do clássico " A meia Noite levarei sua Alma "... Sórdida nostalgia, trazia a existencia  o que realmente valia neste interim...
Adriana Maria da Silva chega... compartilha figurino... acompanha ate o local naquela noite... O Estranho Mundo de Zé do caixão seria exibido no Cine Pub - CineClube Associação Cecilia - Sob Curadoria de  Marcelo Colaiacovo, Nilson Primitivo, Jussara Felix e Equipe.
Jorge Michel Serkeis, produtor e participante de um dos curtas da Trilogia exibida deu seu parecer, dando a deixa para que o agente funerario entrasse no corpo da filha...
E deu seu recado...
"A quem pertence a Terra?A Deus ? Ao diabo? Ou aos Espiritos desencarnados? Não.A terra pertence ás crianças. Pena que, quando cresçam, tornem-se imbecis a procura do nada."
"Mortos. Levantem e saiam da Sepultura. Por que eu não creio em nada"
"Voce..voce...ou todos voces!
E por aí vai.

Um parceiro, e grande amado, inspirador do personagem " Diabolyk - De Nilcemar Marins, filha do mestre Mojica"   Pekines Garcia, chegou um pouco tarde, com o evento já iniciando: enfrentava a batalha do transito, mal Pekine Garcia sabia ele que depararia com o Zé em pessoa, e colocaria em sua cabeça a lendária cartola de Mojica, pelas mãos do próprio mestre que é seu Fã.
Fitando tudo, fotografa cada episodio... Marca tudo... Afinal é um dos responsaveis pela volta daquilo que na verdade não morreu: A escola de cinema do Mojica... O cinema que contra todos e contra ninguem demarcou territorio, época recriando sua propria identidade na sociedade, no imaginario popular, tornando assim o personagem um folclore em vida.
A noite não estava mais incompleta, e, por isso a noite nos retribuiu com uma linda lua encoberta pelas nuvens, como num verdadeiro e clássico filme de terror.
Estava tudo perfeito!





                                                                                                   
E ali estavam eles:
Gio Mendes
Walter Junior
Jorge Michel Serkeis e convidados,
Virgilio Roveda(Gaucho)
Alexandre(Cinemateca Brasileira)
Ru(PUC)
Rubens Mello
Natalie Daiane
Cristiane Stephane
Adriana Maria da Silva
Renato Ramos Bartace
Thiago Colas


E mais e mais outros... Presenciando a obra prima, classificada como setima arte!

Final de tudo... Chop, conversa, fotos...planos...despedidas...proximos passos....

Lendas vivas não ressurgem,porque na verdade não saem da memoria..O mito é fruto da imortalidade - genios são perpétuos.

Por: Nilce Marins

Preciso resenhar ...

Gente...Eu juro que naquela madrugada eu tentei elaborar alguma coisa ...Mas, enfim....
Entrei em profile de rede social e deu nisto aqui:

AFRONTA É MEU NOME.
OBSTINAÇÃO O MEU LEMA.
DESAFIO É MEU COMBUSTIVEL...AFRODISIACO...ME EXCITA ATÉ O ULTIMO MINUTO...
em suma, jargões nossos de cada dia:

"JUREI MENTIRAS E SIGO SOZINHA
ASSUMO OS PECADOS
OS VENTOS DO NORTE NÃO MOVEM MOINHOS
E O QUE ME RESTA É SÓ UM GEMIDO
MINHA VIDA, MEUS MORTOS,MEUS CAMINHOS TORTOS
MEU SANGUE LATINO
MINH'ALMA CATIVA
ROMPI TRATADOS TRAI OS RITOS
QUEBREI A LANÇA,LANCEI NO ESPAÇO
UM GRITO, UM DESABAFO
E O QUE ME IMPORTA É NÃO ESTAR VENCIDA!!!

"MY POISON IS IN THE CAPACITY TO REVERT THE GAME. "

RECONHEÇO TER PERDIDO ALGUMAS BATALHAS...MAS JAMAIS A GUERRA!GANHOS E PERDAS FAZEM PARTE DO PERCURSO.

DEU PRA SACAR?NÃO?BOM, A GENTE CONVERSA MAIS TARDE SOBRE EM UMA MALDITA MESA DE BAR QUALQUER...Porque agora preciso ReSeNhAr....

Por: Nilce Marins